O futebol, paixão nacional e mundial, passa por uma transformação profunda em sua gestão. Nos últimos anos, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) surgiu como uma nova alternativa para modernizar os clubes, trazer mais profissionalismo e, consequentemente, melhores resultados.
Em resumo, esse modelo de gestão transforma um clube tradicional em uma empresa, com ações negociáveis em bolsa. Isso permite a entrada de investimentos privados, que podem ser utilizados para quitar dívidas, investir em infraestrutura, contratar jogadores e, consequentemente, aumentar a competitividade do time.
No Brasil, as SAFs vêm ganhando força gradualmente e hoje sete dos 20 clubes da Série A já utilizam esse conceito de clube-empresa, sendo que seis delas figuram nas dez primeiras colocações do Campeonato Brasileiro de 2024. Além do líder Botafogo, fazem parte desse grupo equipes como Fortaleza (3º), Bahia (6º), Cruzeiro (7º), Atlético-MG (9º) e Vasco (10º). Apenas o Cuiabá (19º) faz uma campanha ruim e corre sérios riscos de ser rebaixado para a segunda divisão.
À medida que a SAF se consolida no cenário nacional, exemplos de sucesso no exterior servem como inspiração e demonstram a viabilidade desse modelo. Na Europa, gigantes como o PSG, cujo dono é um fundo de investimentos ligado ao governo do Qatar, e o Manchester City, com proprietário da família real de Abu Dhabi, são exemplos de como a injeção de capital pode transformar um clube. O Bayern de Munique, por sua vez, demonstra que a SAF pode ser aliada à tradição, com múltiplos acionistas nacionais, como Adidas, Audi e Allianz.
Em comum, todos esses times vêm dominando o futebol doméstico nos últimos e expandindo esse poder para o cenário continental. Com exceção de Real Madrid e Barcelona, todos os outros vencedores da Champions League desde 2011 são SAFs, casos de Chelsea (2012 e 2021), Bayern (2013 e 2020) e City (2023). Entre eles, o Paris Saint-Germain também foi finalista há quatro anos.
Não à toa, tem sido normal ver esses clubes figurando sempre na lista de favoritos nas principais competições do mundo, inclusive no mercado de apostas esportivas, que muitas vezes se baseia na forças das equipes para determinar as cotações de cada partida ou campeonato.
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Manchester City
A transformação do Manchester City é um dos casos mais icônicos de sucesso com o modelo de clube-empresa. Em 2008, o clube foi adquirido pelo City Football Group, liderado pelo xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, de Abu Dhabi. Antes disso, o City era uma equipe mediana da Premier League, que lutava para ser relevante no cenário europeu.
A injeção massiva de recursos transformou o lado azul de Manchester em uma potência do futebol mundial. Com um modelo de gestão altamente profissional e voltado para o sucesso em campo, o clube conquistou títulos de grande importância, incluindo oito títulos da Premier League e, finalmente, a tão sonhada Liga dos Campeões.
Hoje, o City Football Group se expandiu e possui ou é acionista de vários outros clubes pelo mundo, inclusive no Brasil, onde tem uma parceria institucional com o Bahia. Além do Tricolor de aço, o conglomerado aporta o New York City FC (EUA), Melbourne City FC (Austrália), Girona (Espanha) e Bolívar (Bolívia).
Botafogo
No Brasil, o caso mais emblemático de transformação através do modelo SAF é o do Botafogo. O clube carioca, com uma rica história no futebol nacional, vinha sofrendo com dívidas astronômicas e resultados desastrosos em campo. Em 2022, o empresário americano John Textor adquiriu a maior parte das ações da SAF carioca, trazendo esperança para a torcida.
Desde então, o Fogão passou por uma profunda reestruturação financeira e administrativa. A equipe investiu em contratações pontuais e uma gestão mais eficiente, o que resultou em uma campanha surpreendente no Campeonato Brasileiro de 2023. Já nesta temporada, a equipe lidera a competição nacional e voltou à semifinal da Copa Libertadores após 51 anos, quebrando o segundo maior tabu da história da competição.
Monaco
Em território francês, o AS Monaco é outro clube que renasceu através de um modelo de gestão empresarial. Em 2011, a equipe foi adquirida pelo bilionário russo Dmitry Rybolovlev, que investiu fortemente na formação de jovens jogadores e em contratações estratégicas. O resultado foi imediato: os monegascos reconquistaram a Ligue 1 em 2017 e chegaram às semifinais da Champions.
Com uma gestão voltada para o desenvolvimento de talentos e a venda lucrativa de jogadores, como Kylian Mbappé e Bernardo Silva, o Monaco conseguiu equilibrar suas finanças e manter-se competitivo. Nas últimas oito temporadas, o clube ficou cinco vezes entre os três primeiros colocados do Campeonato Francês, com um título, dois vices e dois terceiros lugares.
Cruzeiro
Outro exemplo de sucesso com o modelo SAF no Brasil é o do Cruzeiro, que enfrentava uma crise financeira histórica antes de se transformar em clube-empresa. Em 2021, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno assumiu o controle do clube, adquirindo 90% das ações e, desde então, a Raposa passou por uma profunda reestruturação, com cortes de gastos, renegociação de dívidas e foco em uma gestão profissional.
Com uma abordagem financeira cautelosa e contratações estratégicas, o clube voltou à Série A do Brasileirão em 2023 após amargar três anos consecutivos na segunda divisão e hoje a equipe luta na parte de cima da tabela e pode voltar a uma semifinal internacional após 15 anos, na Copa Sul-Americana. No primeiro semestre deste ano, Ronaldo vendeu a SAF cruzeirense, que passou a ser administrada pelo empresário mineiro Pedro Lourenço.
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