A camisa 10 da Seleção Brasileira carrega um peso especial, sendo um dos maiores símbolos do esporte mundial. Imortalizada por Pelé, o Rei do Futebol, o número se tornou sinônimo de genialidade e protagonismo dentro de campo, representando o jogador que tem a missão de liderar o time, criar jogadas e ser decisivo em momentos cruciais.
Desde a primeira vez que Pelé vestiu a 10 na Copa do Mundo de 1958, a numeração passou a ser vista com reverência, não apenas no Brasil, mas em todo o cenário global. Hoje, o dono desse dígito, em qualquer clube do mundo, é reconhecido como a principal referência técnica da equipe.
Ao longo das décadas, grandes nomes do futebol brasileiro tiveram a honra de vestir essa camisa mística, alguns em mais de uma oportunidade, e Neymar pode ser o primeiro dessa lista a igualar a marca do próprio Rei. Se for ao Mundial de 2026, o craque revelado pelo Santos chegará a quatro Copas vestindo a 10 amarela, repetindo o feito que somente Pelé já alcançou.
Fora dos gramados há praticamente um ano, devido a uma lesão ligamentar no joelho esquerdo sofrida na derrota do Brasil para o Uruguai pelas Eliminatórias, em 17 de outubro de 2023, o Neymar ainda não tem prazo de retorno definido, mas se o Brasil garantir vaga no Mundial, ele não deverá ficar de fora.
Hoje, as chances brasileiras são bem grandes de ir aos Estados Unidos, Canadá e México daqui a dois anos, ainda mais após o aumento do número de vagas destinadas à América do Sul. Isso se reflete também nas cotações de apostas esportivas, que mostram a seleção pentacampeã do mundo entre as principais favoritas, mesmo que a fase não seja boa e o desempenho em campo, pior ainda.
Quer receber todas as novidades do esporte e do mundo das apostas, todos os dias, diretamente no celular? Acesse agora mesmo os nossos grupos gratuitos no WhatsApp e Telegram, e fique por dentro de tudo o que acontece dentro e fora das quatro linhas.
Sem numeração nas Copas de 1930, 1934 e 1938
Nas primeiras edições da Copa do Mundo, nenhuma equipe atuou com numeração em suas camisas. Até 1938, os jogadores não eram obrigados a entrar em campo com um número nas costas, e os clubes apresentavam apenas os escudos ou nome do time/seleção estampados no uniforme. Com isso, o Brasil não teve um 10 nos Mundiais de 1930, 1934 e 1938.
Jair Rosa Pinto e Ademir Menezes (1950)
Somente a partir da Copa de 1950, realizada no Brasil, a numeração passou a ser usada para ajudar na identificação dos atletas. Nesta época, porém, ainda não havia numeração fixa para os atletas, e a Seleção Brasileira definiu que os titulares em cada partida assumiriam os números de 1 a 11, podendo haver mudanças ao longo da competição.
Com isso, o time nacional teve dois atletas vestindo a camisa 10 no torneio. O meia Jair Rosa Pinto atuou com esse número em cinco das seis partidas do Brasil naquele Mundial, em jogos contra o México, Iugoslávia, Suécia, Espanha e Uruguai. Já o atacante Ademir Menezes, autor do primeiro gol daquela Copa, ficou com o décimo uniforme no duelo contra a Suíça, no segundo compromisso brasileiro no certame.
Jair Rosa Pinto
Copas do Mundo: 1 (1950)
Jogos: 5
Gols: 2
Assistências: 5
Títulos: nenhum
Ademir Menezes
Copas do Mundo: 1 (1950)
Jogos: 6
Gols: 8
Assistências: 7
Títulos: nenhum
Pinga (1954)
A numeração fixa em Copas do Mundo passou a ser adotada em 1954, em edição realizada na Alemanha. Naquela ocasião, o ponta-esquerda do Vasco da Gama foi o escolhido para vestir a camisa 10 nacional. Logo na estreia, ele marcou dois gols na vitória por 5 a 0 sobre o México, mas parou por aí. Até hoje, Pinga é reconhecido como o maior artilheiro da história da Portuguesa de Desportos, com 237 bolas na rede.
Copas do Mundo: 1 (1954)
Jogos: 2
Gols: 2
Assistências: 1
Títulos: nenhum
Pelé (1958, 1962, 1966 e 1970)
Edson Arantes do Nascimento dispensa apresentações, mas foi ele quem tornou a camisa 10 um símbolo de genialidade no futebol. Prova disso é que o Rei começou sua primeira Copa, ainda com 17 anos de idade, no banco de reservas, mostrando que o número ainda não tinha todo o prestígio que passaria a ter.
Depois de um empate por 0 a 0 com a Inglaterra, Pelé e Garrincha assumiram a titularidade do Brasi no terceiro jogo daquele Mundial e levaram a Seleção ao título. O craque adolescente se tornou então o herói brasileiro, eternizou de vez número 10 e virou dono absoluto daquela camisa por mais de uma década, voltando a utilizá-la nas três Copas seguintes, um recorde até hoje.
Copas do Mundo: 4 (1958, 1962, 1966 e 1970)
Jogos: 14
Gols: 12
Assistências: 9
Títulos: 3 (1958, 1962 e 1970)
Rivellino (1974 e 1978)
Logo após a saída de Pelé da Seleção, quem assumiu o protagonismo foi Roberto Rivellino, que já havia participado da campanha do tricampeonato em 1970. Nos dois Mundiais seguintes, o canhotinho de ouro vestiu a 10 do Brasil, mas não conseguiu levar a equipe a mais uma conquista. Apesar disso, marcou três gols na edição de 1974 e passou em branco quatro anos depois.
Copas do Mundo: 3 (1970, 1974 e 1978)
Jogos: 15
Gols: 16
Assistências: 3
Títulos: 1 (1970)
Zico (1982 e 1986)
Maior jogador brasileiro da década de 1980, Zico foi a principal referência nacional em dois Mundiais. Em 1982, formou um trio inesquecível com Falcão e Sócrates, numa equipe considerada a melhor de todos os tempos que não ganhou uma Copa. Já em 1986, mais experiente, ele voltou a ser o 10 brasileiro, mas ficou marcado pelo pênalti perdido contra a França nas quartas de final.
Copas do Mundo: 3 (1978, 1982 e 1986)
Jogos: 11
Gols: 11
Assistências: 4
Títulos: nenhum
Silas (1990)
Em uma das campanhas mais decepcionantes do Brasil em Copas, a Seleção de 1990 foi bastante criticada antes mesmo da eliminação para a Argentina nas oitavas de final. Com vitórias apertadas sobre a Suécia, Costa Rica e Escócia na fase de grupos, quase nenhum jogador se destacou positivamente naquele Mundial, nem mesmo Silas, que vestiu a camisa 10, mas sequer foi titular. Ele participou de três dos quatro jogos do time nacional, mas somou apenas 18 minutos em campo, entrando sempre na reta final das partidas.
Copas do Mundo: 2 (1986 e 1990)
Jogos: 5
Gols: 0
Assistências: 0
Títulos: nenhum
Raí (1994)
Vivendo o auge da carreira depois de comandar o São Paulo em dois títulos da Libertadores e um Mundial (ele se transferiu para a Europa antes do bicampeonato do Tricolor), Raí era um dos principais nomes da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1994. Jogando com a camisa 10, ele começou o torneio como titular e até marcou um gol de pênalti na estreia, contra a Rússia, mas acabou perdendo espaço e virou reserva a partir das oitavas de final, entrando na segunda etapa nas quartas e na semi.
Copas do Mundo: 1 (1994)
Jogos: 5
Gols: 1
Assistências: 0
Títulos: 1 (1994)
Rivaldo (1998 e 2002)
Eleito o melhor jogador do mundo em 1999, Rivaldo já dava indícios do seu protagonismo um ano antes, quando foi um dos destaques do Brasil na campanha do vice-campeonato mundial na Copa da França. Em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, mais uma vez ele mostrou todo o seu potencial e foi, ao lado de Ronaldo Fenômeno, o grande nome da Seleção na conquista do penta, marcando gols em cinco dos sete jogos da equipe brasileira.
Copas do Mundo: 2 (1998 e 2002)
Jogos: 14
Gols: 8
Assistências: 3
Títulos: 1 (2002)
Ronaldinho Gaúcho (2006)
Depois de ser um coadjuvante de peso na Copa de 2002, Ronaldinho Gaúcho chegou ao Mundial de 2006 com a missão de ser o protagonista da Seleção, afinal, ele era o atual detentor da bola de ouro. Mas o Bruxo não conseguiu repetir o desempenho que apresentara nas Eliminatórias e Copa das Confederações, sem nenhum gol e apenas uma assistência. O Brasil acabou eliminado nas quartas de final, e R10 nunca mais jogou uma Copa do Mundo.
Copas do Mundo: 2 (2002 e 2006)
Jogos: 10
Gols: 2
Assistências: 4
Títulos: 1 (2002)
Kaká (2010)
Na ausência de Ronaldinho, Ronaldo e Adriano, coube a Kaká ser a grande estrela brasileira em 2010, inclusive tendo a honra de poder utilizar a mística camisa 10. Longe de suas condições físicas ideais, o melhor do mundo de 2007 até fez uma boa participação na África do Sul, mas não evitou que o Brasil levasse uma virada dolorosa da Holanda nas quartas de final e também se despediu das Copas com um gosto amargo.
Copas do Mundo: 3 (2002, 2006 e 2010)
Jogos: 10
Gols: 1
Assistências: 4
Títulos: 1 (2002)
Neymar (2014, 2018 e 2022)
Depois de ser preterido por Dunga e ter ficado de fora da convocação para a Copa de 2010, Neymar resolveu trocar a camisa 11, com a qual fez história no Santos, e assumiu o número 10 da Seleção em 2013, durante a preparação para a Copa das Confederações. Para muitos, sua melhor participação em Mundiais foi em 2014, quando marcou quatro gols e acabou sofrendo uma grave lesão nas costas após levar uma joelhada do colombiano Juan Camilo Zuniga, nas quartas de final. De longe, ele nada pôde fazer para evitar o fatídico 7 a 1 para a Alemanha.
O melhor jogador brasileiro da última década teve ainda mais duas chances de buscar o hexa, mas falhou tanto em 2018 quanto em 2022, novamente atrapalhado por lesões, fosse antes ou durante a competição. Em 2026, ele pode ter a chance de jogar talvez sua última Copa do Mundo e, mais do que isso, ser o camisa 10 brasileiro pela quarta vez, e assim igualar o Rei Pelé.
Copas do Mundo: 3 (2014, 2018 e 2022)
Jogos: 13
Gols: 8
Assistências: 2
Títulos: nenhum
Guia de apostas esportivas
Está chegando agora e quer entender melhor sobre o mundo das apostas? Acesse o nosso guia de apostas esportivas e veja como funciona esse mercado, os principais tipos de palpites, dicas estratégicas e muito mais. Aposte com planejamento, conhecimento e responsabilidade!