Compartilhar o mesmo estádio com um rival direto é uma prática mais comum no futebol do que muitos imaginam. Em várias cidades pelo mundo, clubes históricos dividem o mesmo palco, aumentando ainda mais a tensão em seus confrontos. Esse fenômeno tem raízes históricas, econômicas e até culturais, sendo que, em alguns casos, os clubes compartilham estádios por décadas.
Exemplos antigos mostram como isso era comum: Cruzeiro e Atlético-MG em Minas Gerais, Cruz Azul e América no México, Bayern e Munique 1860 na Alemanha e Estudiantes Gimnasia y Esgrima na Argentina por longos, médios ou curtos períodos já dividiram o mesmo campo em algum momento na história.
Um dos casos mais icônicos dessa prática, porém, é o de Internazionale e Milan, clubes rivais em Milão que dividem o histórico San Siro há quase um século. Agora, em 2024, os dois clubes estão mais uma vez unidos em um novo projeto: a construção de uma nova arena moderna, reforçando o elo que, apesar da rivalidade, faz parte da história do futebol na cidade.
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Internazionale e Milan (Itália)
No país da bota, pode-se dizer categoricamente que a cidade de Milão é dividida em dois: de um lado, os Nerazzurri, e, do outro, os Rossoneri. Inter e Milan representam o exemplo mais emblemático de rivais que compartilham o mesmo estádio. Ambos jogam no Giuseppe Meazza, também apelidado de San Siro, em referência à região onde está localizado.
O estádio foi inaugurado em 1926 e, desde então, tornou-se o palco do lendário Derby della Madonnina, como é conhecido o confronto entre os dois clubes. Fato importante é que o San Siro é de propriedade da cidade de Milão, mas é administrado de forma conjunta por Inter e Milan para seus jogos em casa, ou seja, os clubes são responsáveis por gerir o equipamento, mas não são donos dele.
Recentemente, os dois clubes fecharam um acordo para construir um novo estádio juntos, sinalizando que, apesar da rivalidade, a parceria estratégica para dividir as instalações permanece. O novo projeto busca substituir o San Siro por uma arena moderna, próxima ao local onde está o campo atual, com a expectativa de conclusão das obras até 2030.
Flamengo e Fluminense (Brasil)
No Brasil, o icônico Maracanã já serviu como casa dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, mas hoje apenas Flamengo e Fluminense compartilham de forma frequente, já que o Botafogo assumiu a gestão do Nilton Santos (Engenhão) e o Vasco optar por jogar em São Januário.
Outrora reconhecido como o maior estádio do mundo e palco de jogos históricos, com duas finais de Copa disputas ali, o Maraca é de propriedade do governo do estado, mas desde 2019 tem sido gerido pela dupla Fla-Flu, que mantêm um contrato conjunto com as autoridades cariocas para administrar a arena.
No entanto, essa parceria pode estar com os dias contados, já que os rubro-negros têm um projeto de enfim construírem seu próprio estádio, algo que ainda deve demorar alguns anos para ficar pronto. Até lá, os rivais seguem compartilhando o templo do futebol brasileiro.
Lazio e Roma (Itália)
Na capital da Itália, a rivalidade entre Lazio e Roma é uma das mais acirradas do futebol europeu, e ambos os clubes dividem o Estádio Olímpico de Roma. Inaugurado em 1953, o local é de propriedade do Comitê Olímpico Nacional Italiano, e ambos os clubes pagam taxas para utilizá-los em seus jogos. O estádio tem capacidade para mais de 72 mil espectadores e é também utilizado para eventos esportivos de grande porte.
A rivalidade entre Lazio e Roma vai muito além do futebol. Ela envolve questões sociais e políticas que refletem a sociedade italiana. A Lazio, fundada em 1900, representa tradicionalmente as classes mais aristocráticas e conservadoras, enquanto a Roma, fundada em 1927, é associada às classes trabalhadoras e à esquerda política. Esses elementos tornam o Derby della Capitale um dos confrontos mais carregados de significados simbólicos e políticos.
Por diversas vezes, os dois rivais manifestaram interesse em construir seus próprios estádios, mas os projetos enfrentaram obstáculos políticos e financeiros. Em 2018, a Roma chegou a apresentar planos para um novo estádio, chamado Stadio della Roma, mas a construção foi adiada devido a complicações jurídicas e burocráticas. Do outro lado também há ideias para construir um estádio próprio, mas até hoje nenhuma proposta se concretizou.
Fortaleza e Ceará (Brasil)
No nordeste brasileiro, Fortaleza e Ceará compartilham a Arena Castelão, um dos maiores e mais modernos estádios do Brasil. Inaugurado em 1973, o equipamento é de propriedade do governo do estado do Ceará, mas atualmente é gerido em parceria com os dois maiores clubes da capital cearense.
Dessa forma, as receitas de jogos e eventos são divididas entre as três partes, num modelo de gestão que se mostrou eficaz, mantendo-o como uma das principais referências do país. Em 2014, o Castelão foi um dos 12 estádios selecionados para sediar a Copa do Mundo, recebendo investimentos significativos para sua modernização.
Com uma capacidade para quase 64 mil torcedores, é considerado uma das quatro maiores arenas do Brasil e se tornou palco das principais competições esportivas do estado, além de ter se consolidado como uma referência para shows e outros grandes eventos.
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