A Copa Libertadores da América é muito mais do que apenas uma competição de futebol. Desde sua criação em 1960, o torneio se tornou um símbolo da paixão, rivalidade e qualidade técnica do futebol sul-americano. Para clubes e jogadores, levantar a taça da Libertadores é o auge do sucesso no continente, e marcar gols na competição é um feito que eterniza a trajetória dos grandes artilheiros.
Ao longo dos anos, a competição revelou ao mundo alguns dos maiores talentos do futebol e com faro de gol apurado. Esses jogadores não só ajudaram seus clubes a alcançar a glória, mas também deixaram um legado para as gerações futuras.
Em 2024, a briga vai pela chuteira de ouro vai ser afunilando à medida que o torneio avança às fases mais decisivas. No entanto, o atual líder dessa lista é um jogador que pode até mesmo nem atuar mais neste ano, o atacante Júnior Santos, do Botafogo, que sofreu uma fratura na tíbia em julho e não tem prazo de retorno aos gramados. Ele marcou nove vezes até aqui.
Mesmo ausente, o botafoguense ainda é o mais cotado para terminar esta edição como o goleador máximo e segue como favorito nas apostas da Libertadores, com odds de 1,36. Paulinho, do Atlético-MG e autor de seis gols, é o segundo, cotado a 5,00. Fecha o pódio o flamenguista Pedro, com cinco bolas na rede e valores de 6,40.
Maiores artilheiros da história da Libertadores
Quando falamos dos maiores artilheiros da história da Copa Libertadores, é impossível não mencionar Alberto Spencer, o equatoriano que se tornou lenda ao marcar 54 gols ao longo de sua trajetória na competição. Spencer defendeu o Peñarol (URU) entre 1960 e 1970 e foi peça-chave para que o clube uruguaio conquistasse três títulos naquele período, com 48 tentos. Os outros seis foram registrados com a camisa do Barcelona (EQU), de 1971 a 1972.
Logo atrás dele está o uruguaio Fernando Morena, com 37 gols, também pelo Peñarol, entre os anos de 1973 e 1986. Colado nele está o compatriota Pedro Rocha, que história jogando por São Paulo e Palmeiras e marcou 36 gols na competição, sendo apenas um pelo alviverde, dez pelo tricolor e mais 25 atuando no Peñarol.
Confira o top 10:
Alberto Spencer (EQU) – 54 gols
Fernando Morena (URU) – 37 gols
Pedro Rocha (URU) – 36 gols
Daniel Onega (ARG) – 31 gols
Gabriel Barbosa (BRA) – 31 gols
Julio Morales (URU) – 30 gols
Lucas Pratto (ARG) – 30 gols
Luizão (BRA) – 29 gols
Juan Carlos Sarnari (ARG) – 29 gols
Antony de Ávila (COL) – 29 gols
Mais gols em uma única edição
Marcar muitos gols em uma única edição da Libertadores é uma façanha que exige consistência, talento e, muitas vezes, uma equipe que jogue em torno do artilheiro. O recorde de gols em uma única edição pertence ao argentino Daniel Onega, que marcou 17 gols na edição de 1966, atuando pelo River Plate (ARG). A equipe de Buenos Aires foi vice-campeã ao perder a decisão para o Peñarol.
Outro destaque nesse quesito é o brasileiro Luizão, que marcou 15 gols na edição de 2000, vestindo a camisa do Corinthians. Luizão foi fundamental na campanha do time paulista, que, apesar de não ter conquistado o título, fez uma campanha memorável até as semifinais, caindo nos pênaltis para o arquirrival Palmeiras.
Confira o top 8:
Daniel Onega (River Plate) – 17 gols em 1966
Luizão (Corinthians) – 15 gols em 2000
Norberto Raffo (Racing) – 14 gols em 1967
Alberto Spencer (Peñarol) – 13 gols em 1960
Palhinha (Cruzeiro) – 13 gols em 1976
Germán Cano (Fluminense) – 13 gols em 2023
Jardel (Grêmio) – 12 gols em 1995
Pedro (Flamengo) – 12 gols em 2022
Menos gols em uma única edição
O futebol é, por natureza, imprevisível, e isso também se reflete nas edições em que o artilheiro da Libertadores teve um número relativamente baixo de gols. Em algumas edições, a competitividade foi tão grande que o artilheiro marcou apenas sete gols. Antigamente, ainda nos primeiros anos, o torneio tinha um formato diferente com muito menos jogos do que hoje, o que também interferia bastante.
É o caso do argentino Osvaldo Panzutto, que em 1961 marcou quatro gols em seis partidas pelo Independiente Santa Fe (COL). Após isso, houve quatro ocasiões em que os artilheiros fizeram apenas cinco gols numa única edição. Néstor Scotta (Deportivo Cali) e Arnoldo Iguarán (Millonarios) atingiram esses feitos sozinhos em 1977 e 1988, respectivamente. Já em 2014, Julio dos Santos (Cerro Porteño) e Nicolás Olivera (Defensor Sporting) dividiram esse posto.
Mas nada iguala o que aconteceu em 2006, quando nada menos do que 14 jogadores dividiram o prêmio com cinco gols cada: Agustín Delgado (LDU), Aloísio (São Paulo), Daniel Montenegro (River Plate), Ernesto Farías (River Plate), Félix Borja (El Nacional), Fernandão (Internacional), Jorge Quinteros (Universidad Católica), José Luis Calderón (Estudiantes), Marcinho (Palmeiras), Mariano Pavone (Estudiantes), Nilmar (Corinthians), Patricio Urrutia (LDU), Sebastián Ereros (Vélez Sársfield) e Washington (Palmeiras).
Maiores artilheiros do Brasil no torneio
O Brasil, sendo um dos maiores celeiros de craques do futebol mundial, não poderia deixar de ter representantes de peso na lista de maiores artilheiros da Libertadores. Além dos dois integrantes do top 10 geral (Gabriel Barbosa e Luizão), o Brasil teve outros destaques Palhinha e Fred, ambos com 25 bolas na rede ao longo da carreira na competição.
Confira o top 10 nacional:
Gabriel Barbosa – 31 gols
Luizão – 29 gols
Palhinha – 25 gols
Fred – 25 gols
Pedro – 24 gols
Célio Taveira – 22 gols
Rony – 22 gols
Bruno Henrique – 22 gols
Jairzinho – 21 gols
Guilherme, Ricardo Oliveira e Raphael Veiga – 19 gols
Países com mais artilheiros
A Copa Libertadores reflete a diversidade e a riqueza do futebol sul-americano, e essa pluralidade também se reflete na origem dos seus maiores artilheiros. O Brasil lidera o ranking de países com mais artilheiros na história da competição, com 26 chuteiras de ouro, enquanto a Argentina (22) e o Uruguai (11) completam o pódio. Veja a lista completa de prêmios:
Brasil – 26
Argentina – 22
Uruguai – 11
Paraguai – 6
Peru, Colômbia e Equador – 4
Venezuela – 2
Chile e Bolívia – 1
Clubes com mais artilheiros
Alguns clubes sul-americanos são conhecidos por sempre terem em suas fileiras grandes goleadores. O Peñarol, por exemplo, é o time com o maior número de artilheiros na história da Copa Libertadores, com ícones como Alberto Spencer e Fernando Morena. Entre os oito primeiros colocados, estão cinco equipes brasileiras. Veja:
Peñarol (URU) – 7
São Paulo – 6
Flamengo – 6
Santos – 4
Palmeiras – 4
Nacional (URU) – 4
Cruzeiro – 4
Cerro Porteño (PAR) – 4
Completam o grupo de equipes do Brasil que já tiveram um goleador na ponta do ranking em uma edição de Libertadores, Corinthians (3), Grêmio (2), Guarani (1), Atlético-MG (1) e Fluminense (1).
Jogadores que mais vezes foram artilheiros
Ser o artilheiro de uma edição da Libertadores já é uma grande conquista, mas alguns jogadores conseguiram repetir esse feito em mais de uma oportunidade, destacando-se pela sua consistência ao longo dos anos. Um dos maiores exemplos é o uruguaio Fernando Morena, único a faturar três chuteiras de ouro na carreira, em 1974, 1975 e 1982. Além dele, mais cinco jogadores conseguiram múltiplos prêmios, sendo dois brasileiros:
Alberto Spencer (URU) – 1960 e 1962
Oswaldo Ramírez (PER) – 1972 e 1975
Néstor Scotta (ARG) – 1977 e 1978
Palhinha (BRA) – 1976 e 1992
Gabriel Barbosa (BRA) – 2019 e 2021
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