O Botafogo deu um passo gigantesco rumo à sua primeira decisão de Copa Libertadores. Com uma apresentação de gala no segundo tempo, a equipe carioca construiu uma vantagem impensável de 5 a 0 sobre o Peñarol (URU) na partida de ida da semifinal. Agora, os aurinegros precisam de um verdadeiro milagre em Montevidéu se quiserem manter vivo o sonho do hexacampeonato.
A missão uruguaia é tão complicada que no mercado de apostas esportivas não há sequer odds válidas para uma classificação botafoguense. Em contrapartida, quem apostar apenas 1,00 em um triunfo improvável do Peñarol por cinco ou mais gols de diferença no jogo da volta, pode faturar 100,00.
Embora difícil, nada futebol é impossível, e há alguns precedentes que podem manter viva a esperança dos pentacampeões. Ao longo da história, tiveram pelo menos cinco viradas épicas no futebol que o Peñarol pode se espelhar para avançar na Libertadores de 2024. Embora em nenhuma delas a vantagem de um time fosse de cinco gols, são casos de sucesso que podem motivar qualquer equipe.
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Barcelona 6×5 Paris Saint-Germain (2017)
Uma das viradas mais espetaculares que o futebol já viu aconteceu há pouco mais de sete anos. No dia 8 de março de 2017, o Barcelona recebia o Paris Saint-Germain com uma missão quase impossível: reverter os 4 a 0 aplicados pelos franceses no Parque do Príncipes, no jogo de ida das oitavas de final da UEFA Champions League.
Para aumentar ainda mais o drama catalão, naquela época o torneio ainda utilizava como critério de desempate o gol marcado fora de casa, o que exigia do Barça um desempenho perfeito não só no ataque, como também na defesa, já que um tento do PSG poderia acabar com qualquer pretensão de virada.
E foi justamente um gol de Cavani que trouxe esse tempero a mais na partida. Depois de abrir 3 a 0 e ficar a uma bola de levar a partida para a prorrogação, o Barcelona sofreu um duro golpe com o tento do centroavante uruguaio, que obrigava a partir de então que os espanhóis marcassem pelo menos mais três vezes para vencer por cinco gols de vantagem.
Restando poucos minutos para o fim, Neymar assumiu a responsabilidade e comandou uma reação histórica. De falta, aos 43 minutos do segundo tempo, e de pênalti, aos 46, o brasileiro incendiou as arquibancadas do Camp Nou. Faltava ainda um gol, e dos pés do camisa 11 saiu o passe para Sergi Roberto, aos 50 minutos, terminar de escrever um dos capítulos mais insanos do futebol mundial.
O Barça, no entanto, não passaria das quartas de final, caindo para a Juventus com uma derrota por 3 a 0 em Turim e um empate sem gols dentro de casa.
Deportivo La Coruña 5×4 Milan (2004)
Na década anterior, o Deportivo La Coruña já havia protagonizado uma virada sensacional diante do poderoso Milan, então atual campeão europeu e favorito para mais uma conquista na Champions. O duelo válido pelas quartas de final começou com uma goleada para os italianos por 4 a 1 em Milão, com direito a dois tentos de Kaká.
Na volta, os espanhóis fizeram o que ninguém imaginava que seria possível: dominaram a partida do começo ao fim, venceram por 4 a 0 e avançaram para as semifinais da competição. Os gols foram marcados por Pandiani, Valerón e Luque, ainda no primeiro tempo, e Fran fechou a conta na etapa final.
Presente naquela partida, o volante Mauro Silva, tetracampeão do mundo com o Brasil em 1994, lembrou, em entrevista à ESPN em 2020, que ao apito final do árbitro no primeiro tempo, os jogadores do La Coruña saíram em disparada para os vestiários, deixando uma mensagem clara aos adversários: “não estamos cansados e vamos voltar com tudo para os próximos 45 minutos”. Dito e feito.
O La Coruña seria eliminado na fase seguinte pelo eventual campeão Porto, numa final histórica e improvável contra outro time que surpreendeu naquela edição, o Mônaco.
Real Madrid 5×5 Borussia Mönchengladbach (1985)
Muito tempo antes da era do Galáticos ou da fase vencedora com Cristiano Ronaldo e companhia, o Real Madrid viveu períodos um pouco mais atípicos do que a torcida merengue se acostumou a ver no século 21. Na temporada 1985/86, a equipe espanhola ficou fora da Liga dos Campeões e precisou se contentar em disputar a Copa da UEFA, atualmente conhecida como Liga Europa.
Na terceira fase da competição, o Real enfrentou o Borussia Monchengladbach e levou um sacode no jogo de ida, na Alemanha, pelo placar de 5 a 1. Apesar de não terem o elenco estrelado dos dias atuais, os madridistas mostraram sua força dentro do Santiago Bernabéu e por que são considerados o maior clube do mundo. Com uma goleada por 4 a 0, os espanhóis não só devolveram a diferença da primeira partida, como se classificaram pelo critério do gol marcado fora de casa.
O Real Madrid terminaria a competição faturando um bicampeonato consecutivo, naqueles que são seus dois únicos troféus na história da competição secundária da UEFA.
Partizan Belgrado 6×6 Queens Park Rangers (1984)
Na temporada anterior, uma outra virada épica já havia acontecido na Copa da UEFA. Ainda pela segunda rodada, o Partizan Belgrado (SER) enfrentou o Queens Park Rangers (ING) e começou o confronto sofrendo uma dura derrota por 6 a 2 em Londres, depois de estarem vencendo por 2 a 1 aos 25 minutos do primeiro tempo.
Mesmo com a goleada sofrida, os sérvios não se abateram e trataram de buscar a reação dentro de casa. A revanche veio com um triunfo por 4 a 0, suficiente para se avançar pelo critério dos gols marcados fora de casa. O Partizan acabou eliminado na terceira fase pelo Videoton (HUN), hoje conhecido como Fehervar FC, que foi superado apenas pelo Real Madrid na decisão.
Charlton 7×6 Huddersfield Town (1957)
Fechando a lista de viradas épicas, o Charlton protagonizou há 67 anos uma reação incrível no mesmo jogo. Sim, este caso aconteceu em uma partida da segunda divisão Campeonato Inglês, na temporada 1957/58. No dia 21 de dezembro de 1975, Charlton e Huddersfield Town se enfrentaram em Londres e promoveram um duelo eletrizante.
Como naquela época ainda não existiam as substituições, os donos da casa ficaram um homem a menos logo no início da partida, quando o capitão Derek Ufton precisou deixar o campo com uma lesão. Os visitantes então aproveitaram a situação de ter um jogador a mais e abriram 5 a 1 no placar. Então entrou em ação o atacante que Johnny Summers, que marcou quatro gols e comandou uma virada história para o Charlton, que saiu com uma vitória por 7 a 6.
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