A vitória de virada do Brasil por 2 a 1 sobre o Chile, na noite da última quinta-feira, foi fundamental para as pretensões nacionais de disputar mais uma Copa do Mundo. Com o resultado, o time de Dorival Júnior é agora o quarto colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas e aumentou para três pontos a diferença para o Paraguai, primeiro time fora da zona de classificação para o Mundial de 2026.
No entanto, mais do que tudo isso, o triunfo em Santiago também teve um peso histórico para um clube do país. Após 26 anos, o Botafogo voltou a ter um jogador marcando um gol pelo Brasil, graças aos tentos de dois atletas do Glorioso: Igor Jesus e Luiz Henrique.
Antes deles, a última vez que um representante de General Severiano havia balançado as redes adversárias vestindo a amarelinha foi em 1998, quando o atacante Bebeto marcou um dos gols da vitória brasileira por 3 a 2 sobre a Dinamarca, nas quartas de final da Copa do Mundo. Desde então, nunca mais um botafoguense voltou a comemorar um gol pela seleção masculina principal. Isso até ontem.
Com poder decisivo da dupla alvinegra, o Brasil elevou suas chances de classificação para a próxima Copa e diminuiu a vantagem dos líderes da competição. Hoje, a equipe canarinho sequer possui odds válidas nas casas de apostas esportivas, assim como Argentina, Colômbia e Uruguai, tamanho o favoritismo para carimbar o passaporte para a competição na América do Norte.
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Relação do Botafogo com a Seleção Brasileira
Ao longo da história, o Botafogo é o time que mais cedeu jogadores ao Brasil em Copas do Mundo, com 47 atletas convocados entre as edições de 1930 e 2022. Além disso, 28 gols foram marcados por representantes alvinegros em Mundiais, sendo que em 1970, o atacante Jairzinho foi vice-artilheiro da competição, com sete bolas na rede, duas a menos que o alemão Gerd Muller.
O clube de General Severiano também teve jogadores envolvidos nas três primeiras conquistas brasileiras em Copas, em 1958, 1962 e 1970. O recorde de atletas botafoguenses convocados para um Mundial aconteceu em 1934, com um total de nove representantes na lista do técnico Luiz Vinhaes.
O jejum de outros clubes
Entre os considerados 12 principais times do Brasil, o Botafogo era o dono a maior seca de gols na seleção, com mais que o dobro de tempo do Vasco, agora o novo líder dessa lista, com 12 anos de jejum.
Porém, quando se considera o século 21, um total de 15 clubes do país já tiveram ao menos um jogador deixando sua marca pela equipe nacional. Nesse cenário, a Ponte Preta é quem está há mais tempo sem ter um representante balançando as redes com a amarelinha: 22 anos.
Veja o ranking completo:
Ponte Preta – 22 anos
Washington (centroavante)
Brasil 6×0 Bolívia (Amistoso), em 31 de janeiro de 2002
Athletico-PR – 22 anos
Kleberson (volante)
Brasil 6×1 Islândia (Amistoso), em 7 de março de 2002
Vasco – 12 anos
Rômulo (volante)
Brasil 3×4 Argentina (Amistoso), em 9 de junho de 2012
São Paulo – 12 anos
Lucas Moura (meia-atacante)
Brasil 6×0 Iraque (Amistoso), em 11 de outubro de 2012
Internacional – 11 anos
Leandro Damião (centroavante)
Bolívia 0x4 Brasil (Amistoso), em 6 de abril de 2013
Cruzeiro – 11 anos
Dedé (zagueiro)
Brasil 2×0 Zâmbia (Amistoso), em 15 de outubro de 2013
Fluminense – 10 anos
Fred (centroavante)
Camarões 1×4 Brasil (Copa do Mundo), em 23 de junho de 2014
Atlético-MG – 10 anos
Diego Tardelli (centroavante)
Brasil 2×0 Argentina (Amistoso), em 11 de outubro de 2014
Corinthians – 9 anos
Renato Augusto (meia)
Brasil 3×0 Peru (Eliminatórias), em 17 de novembro de 2015
Santos – 8 anos
Lucas Lima (meia)
Brasil 7×1 Haiti (Copa América), em 8 de junho de 2016
Sport – 7 anos
Diego Souza (meia-atacante)
Austrália 0x4 Brasil (Amistoso), em 13 de junho de 2017
Grêmio – 5 anos
Everton Cebolinha (ponta-esquerda)
Brasil 3×1 Peru (Copa América), em 7 de julho de 2019
Flamengo – 2 anos
Pedro (centroavante)
Brasil 5×1 Tunísia (Amistoso), em 27 de setembro de 2022
Palmeiras – 4 meses
Endrick (centroavante)
México 2×3 Brasil (Amistoso), em 8 de junho de 2024
Botafogo – 1 dia
Igor Jesus (centroavante) e Luiz Henrique (ponta-direita)
Chile 1×2 Brasil (Eliminatórias), em 10 de outubro de 2024
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