Muito se fala sobre a contestável campanha brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. De fato, a única seleção pentacampeã mundial faz uma campanha abaixo das expectativas e ainda corre o risco, mesmo que baixo, de não ir à América do Norte daqui a dois anos.
Mais do que isso, o que mais incomoda os torcedores e imprensa é o desempenho apresentado pela equipe. E isso não é uma exclusividade do time treinador por Dorival Júnior e, desde que Tite deixou o comando técnico do Brasil após a Copa de 2022, nenhum nome que passou pela CBF agradou. Isso inclui os interinos Ramon Menezes e Fernando Diniz, que não deixaram saudades.
Para alívio dos brasileiros, o próximo Mundial será disputado já no novo formato idealizado pela Fifa, com 48 seleções participantes, o que aumentou o número de vagas para cada confederação continental. Na América do Sul, por exemplo, agora se classificam diretamente seis equipes ao invés das quatro anteriores. Isso sem contar que o sétimo colocado disputará uma repescagem.
Com isso, é possível que 70% dos países que compõem a Conmebol estejam nos Estados Unidos, Canadá e México em 2026. Para um gigante como o Brasil, ficar de fora desse grupo seria um vexame maior até do que o próprio 7 a 1 de 2014.
Embora haja algum temor que isso aconteça, a chances são muito pequenas e não à toa a Seleção Brasil, mesmo em má fase, aparece cotada entre as favoritas para terminar na parte de cima da tabela da competição. Isso pode ser visto através das cotações nas casas de apostas esportivas, que mostram o país colado com o Uruguai e a Colômbia. Apenas a Argentina reina absoluta e sequer tem odds válidas, tamanho seu favoritismo para ir à próxima Copa.
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Eliminatórias não dizem nada
Nem sempre fazer uma grande campanha nas Eliminatórias ou até mesmo conquistar o título simbólico da competição significa a garantia de sucesso na Copa do Mundo. Ao longo da história, é possível lembrar de várias seleções que sequer eram cotadas entre as favoritas e acabaram levando o título, inclusive o time brasileiro em mais de uma ocasião.
Trazendo para um contexto mais próximo, apenas três países da América do Sul já foram campeões mundiais. Além do Brasil, com cinco taças, a Argentina tem três conquistas e o Uruguai é dono de dois troféus. E como foram as campanhas desses times nas seletivas antes da glória máxima?
Uruguai
Primeiro campeão do mundo da história, o Uruguai sequer precisou disputar as Eliminatórias nas duas vezes em que deu a volta olímpica. Em 1930, além de ser o país sede, todas as seleções afiliadas à Fifa foram convidadas para participar, mas apenas 13 aceitaram.
Já em 1950, o Brasil estava garantido por organizar o evento, ao passo que a Argentina, Equador e Peru desistiram de jogar competição classificatória, fazendo com que Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai fossem à Copa automaticamente. Colômbia e Venezuela também não jogaram.
Argentina
Por sua vez, os Hermanos ganharam sua primeira Copa do Mundo em 1978, jogando em casa. Logo, não precisaram disputar as Eliminatórias, por sediarem o torneio. Na campanha do bicampeonato, em 1986, o sistema de classificação era bem diferente, com uma divisão das equipes por grupos. Mesmo assim, a Argentina teve o melhor aproveitamento da competição e depois garantiu o segundo título mundial no México.
O tri só veio 36 anos depois, em 2002. Nas Eliminatórias, a Argentina terminou invicta, porém seis pontos atrás do Brasil, que também não perdeu nenhum jogo, mas venceu mais vezes.
Copa do Mundo de 1958 (Suécia)
Agora falando especificamente do Brasil, o primeiro título mundial veio depois de uma classificação tranquila nas Eliminatórias. Naquele tempo, os times eram divididos em três grupos, e a seleção canarinho acabou enfrentando apenas o Peru em dois jogos, já que a Venezuela desistiu do torneio e o Equador também não jogou.
Assim, bastou um empate por 1 a 1 em Lima e uma vitória por 1 a 0 no Maracanã, ambas as partidas realizadas em abril de 1957, para o time brasileiro se garantir no Mundial da Suécia e trazer a taça no ano seguinte.
Copa do Mundo de 1962 (Chile)
Quatro anos depois, o Brasil nem precisou disputar a seletiva para a Copa, uma vez que era o atual campeão. Naquele ano também se classificaram Argentina, Uruguai e Colômbia via América do Sul, além do Chile que era o país sede.
Copa do Mundo de 1970 (México)
Novamente sob o formato de grupos, o Brasil foi soberano as Eliminatórias para a Copa de 1970, com uma campanha arrasadora. Foram seis vitórias em seis jogos, com 23 gols marcados e apenas dois sofridos, ambos na goleada por 6 a 2 sobre a Colômbia no Rio de Janeiro. Tostão foi o grande destaque da competição, com dez bolas na rede, ao passo que Pelé marcou seis vezes.
Copa do Mundo de 1994 (Estados Unidos)
Após 24 anos de jejum, o Brasil voltaria a conquistar uma Copa do Mundo em 1994, com um triunfo inesquecível sobre a Itália nos pênaltis. Mas quem não conhece a fundo a história nem imagina o sufoco que o país passou para se classificar àquela edição.
Vindo de uma grande frustração em 1990, a seleção brasileira era muito contestada naquele período (tal qual hoje), e chegou à ultima rodada das Eliminatórias precisando vencer o Uruguai no Maracanã. Qualquer outro resultado deixaria o time dirigido por Carlos Alberto Parreira fora do Mundial.
Foi então que brilhou a estrela de Romário, convocado contra o gosto de Zagallo, então coordenador técnico brasileiro. Com dois gols no segundo tempo, aos 26 e aos 38 minutos, o Baixinho carimbou o passaporte do Brasil para a Copa. O resto é história.
Copa do Mundo de 2002 (Coreia do Sul e Japão)
Um roteiro parecido foi escrito oito anos depois. Mais uma vez fazendo uma campanha ruim nas Eliminatórias, a Seleção Brasileira chegou à última rodada com a necessidade da vitória, agora sobre a Venezuela, em São Luis. Com dois gols de Luizão e outro de Rivaldo, a equipe da casa venceu por 3 a 0 e terminou a competição no terceiro lugar.
Cerca de sete meses depois, o Brasil conquistaria o pentacampeonato mundial, levantando pela última vez até hoje a taça mais cobiçada que o futebol já viu. Pela segunda vez consecutiva, surpreendendo a todos novamente após um período de crise e contestações.
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