Após pouco mais de nove meses de hiato, as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 voltam nesta semana com a realização de mais duas rodadas nesta reta final do primeiro turno. Até aqui, cada equipe já disputou seis dos 18 jogos previstos até setembro do ano que vem.
Desde novembro de 2023 não houve mais nenhuma partida da competição, e as seleções utilizaram esse período para disputarem amistosos e a Copa América, vencida pela Argentina em uma final bem equilibrada contra a Colômbia. O Brasil não passou das quartas de final, eliminado nos pênaltis pelo Uruguai.
Por falar no time canarinho, como chega a Seleção Brasileira para essa rodada duplas das Eliminatórias? Como está a situação do país na briga por uma vaga no Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México? Quais as chances de classificação para o maior torneio de futebol do planeta?
Confira agora todas essas respostas e saiba como está a cotação do Brasil nas apostas esportivas quanto à sua participação em mais uma Copa do Mundo.
Como a Seleção chega para essa rodada dupla?
Repleto de incertezas e desconfiança, o time brasileiro fará suas primeiras apresentações desde o fracasso na Copa América, em julho. Mais do que a queda precoce na competição, a equipe comandada por Dorival Júnior não jogou bem quando foi mais exigida.
De lá para cá não faltaram críticas e questionamentos sobre a qualidade do grupo de jogadores, a inexperiência do treinador dirigindo uma seleção e a falta que Neymar faz ou não para o time. Esse é mais o menos o cenário que o Brasil terá de lidar nos próximos dias, precisando vencer e convencer para amenizar a pressão.
Atletas convocados
Ainda sem poder contar com seu principal astro, que segue se recuperando de uma grave lesão no joelho, a Seleção Brasileira terá algumas novidades para seus próximos dois compromissos pelas Eliminatórias, como o retorno de Lucas Moura após seis anos sem ser convocado e a estreia do menino Estêvão, de apenas de 17 anos de idade.
A lista de Dorival tem ao todo 23 atletas, dos quais sete atuam no futebol brasileiro, número até relativamente interessante para uma seleção cada vez mais internacionalizada. Veja a lista completa:
Goleiros
Alisson (Liverpool)
Bento (Al-Nassr)
Ederson (Manchester City)
Laterais
Danilo (Juventus)
William (Cruzeiro)
Guilherme Arana (Atlético-MG)
Wendell (Porto)
Zagueiros
Beraldo (PSG)
Éder Militão (Real Madrid)
Gabriel Magalhães (Arsenal)
Marquinhos (PSG)
Meio-campistas
André (Wolverhampton)
Bruno Guimarães (Newcastle)
Gerson (Flamengo)
João Gomes (Wolverhampton)
Lucas Paquetá (West Ham)
Rodrygo (Real Madrid)
Atacantes
Endrick (Real Madrid)
Estêvão (Palmeiras)
Lucas Moura (São Paulo)
Luiz Henrique (Botafogo)
Pedro (Flamengo)
Vinicius Junior (Real Madrid)
Qual a situação atual do Brasil nas Eliminatórias?
Fosse qualquer edição das Eliminatórias nos últimos 26 anos, o Brasil estaria neste momento fora da Copa do Mundo. Ocupando o modesto sexto lugar, com duas vitórias, um empate e três derrotas em seis jogos, o time nacional tem a sorte de que o próximo Mundial terá uma extensão de 32 para 48 seleções participantes, o que abriu vagas a mais para a Conmebol.
Entre as Copas de 1998 e 2022, apenas os quatro primeiros colocados da seletiva sul-americanas garantiam classificação para a competição, enquanto o quinto melhor enfrentava uma repescagem. Agora com o inchaço que a Fifa promoveu no seu principal torneio, a América do Sul tem direito a seis lugares diretos e mais um para um playoff decisivo.
Em um continente que conta com apenas dez países, isso significa que 60% da região estará na América do Norte daqui a dois anos, podendo elevar esse número a 70%, caso o sétimo colocado também avance. É, portanto, mais do que obrigação para o Brasil estar nessa lista.
Hoje com sete pontos, a Seleção Brasileira está dois pontos acima do Paraguai (7º) e dois abaixo da Venezuela (4ª), ou seja, basta uma vitória ou uma derrota para o Brasil se consolidar no G6 ou então ficar de fora dele. Para não correr um risco desnecessário, chegou a hora de somar pontos e subir na tabela.
Nossos próximos adversários
Nas duas próximas rodadas das Eliminatórias, o Brasil enfrentará o Equador e Paraguai, duas seleções contra as quais tem retrospecto bastante favorável, com apenas duas derrotas para cada na história da competição.
O primeiro duelo será contra os equatorianos no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, na noite da próxima sexta-feira. Joga a favor da Seleção o fato de nunca ter perdido em casa para os rivais, mas o histórico recente aponta dois empates por 1 a 1, nos anos de 2021 em território nacional e 2022 na casa dos adversários.
Com oito pontos conquistado, o Equador é hoje o quinto colocado, exatamente acima do Brasil. A equipe chegou a três vitórias, um empate e duas derrotas, e tem hoje uma das melhores defesas da competição, com apenas três gols sofridos em seis jogos.
Por sua vez, o Paraguai é o time que protagonizou as partidas com menos gols até aqui. Com uma vitória, dois empates e três derrotas, os paraguaios colocaram apenas uma bola na rede e levaram três, ou seja, venceu e perdeu todas por 1 a 0 e empatou outras duas por 0 a 0. Na classificação, é o sétimo colocado e cinco pontos somados.
No retrospecto geral, não vence o Brasil no tempo normal desde 2008, mas eliminou duas vezes a Seleção nos pênaltis em edições da Copa América (e também perdeu outa). A última vitória paraguaia em território brasileiro aconteceu há 22 anos, em um amistoso em Fortaleza, pelo placar de 1 a 0.
Quais as chances de classificação do Brasil para a Copa?
Apesar do momento ruim e a classificação abaixo do esperado, o Brasil está fortemente cotado entre as seleções que devem carimbar sua passagem para os Estados Unidos, Canadá e México em 2026. Líder disparada com 15 pontos e apenas uma derrota na competição, a Argentina sequer tem odds válidas em algumas casas de apostas, tamanho seu favoritismo. O mesmo acontece com o Uruguai, o segundo colocado na tabela.
Veja como estão as cotações para as vagas sul-americanas à próxima Copa do Mundo:
Argentina – sem cotação
Uruguai – sem cotação
Colômbia – 1,02
Brasil – 1,02
Equador – 1,10
Venezuela – 1,90
Chile – 2,29
Paraguai – 2,80
Peru – 5,40
Bolívia – 50,00
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