As premiações no futebol refletem o peso e a relevância de cada competição, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Nesta terça-feira (26/11), a página SAG Fútbol divulgou os valores recebidos pelos campeões das principais competições da América Latina. Esses números, além de gerarem curiosidade, expuseram as desigualdades econômicas entre torneios e países, mostrando como o futebol reflete disparidades que vão além das quatro linhas.
Entre os destaques, está a Libertadores, que lidera a lista com expressivos US$ 23 milhões para o campeão. A Copa do Brasil, o torneio nacional mais rentável do continente, aparece na segunda posição com US$ 12,65 milhões, superando inclusive o Brasileirão, que premia o campeão com US$ 8,28 milhões. Por outro lado, algumas ligas nacionais, como a chilena e a colombiana, oferecem prêmios bem mais modestos, reforçando as dificuldades financeiras enfrentadas por clubes desses países.
Vale destacar que hoje a Conmebol oferece um auxílio de US$ 1 milhão para cada uma das dez federações nacionais afiliadas a ela para compor as premiações locais. No entanto, cada país utiliza esse valor como bem entende, seja dividindo entre campeões e vices ou entre vencedores de competições diferentes, como as ligas e copas. Dessa forma, acabam diluindo as premiações e fazendo com que alguns campeonatos tenham uma posição ruim neste ranking.
Além das disparidades, os valores divulgados também trouxeram certas inconsistências. No caso do Campeonato Boliviano, por exemplo, o montante anunciado (US$ 4 milhões) inclui os valores pagos pela Libertadores (US$ 3 milhões). No Brasil, variações na conversão do dólar explicam diferenças entre os números apresentados: enquanto o SAG apontou a premiação da Copa do Brasil como US$ 14 milhões, o montante oficial na cotação atual é de US$ 12,65 milhões. O mesmo vale para o Brasileirão, cujos valores divulgados estão na casa dos US$ 10 milhões, pouco mais do que os US$ 8,28 milhões da realidade.
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Os valores pagos em premiações na América Latina
- Copa Libertadores da América – US$ 23 milhões
- Copa do Brasil – US$ 12,65 milhões
- Campeonato Brasileiro – US$ 8,28 milhões
- Copa Sul-Americana – US$ 6 milhões
- Campeonato Mexicano – US$ 4 milhões
- Supercopa do Brasil – US$ 1,81 milhão
- Recopa Sul-Americana – US$ 1,8 milhão
- Campeonato Uruguaio – US$ 1 milhão
- Campeonato Boliviano – US$ 1 milhão
- Campeonato Paulista – US$ 860 mil
- Campeonato Peruano – US$ 650 ml
- Campeonato Chileno – US$ 600 mil
- Campeonato Argentino – US$ 500 mil
- Campeonato Mexicano – US$ 240 mil
- Campeonato Colombiano – US$ 230 mil
- Campeonato Equatoriano – US$ 200 mil
- Campeonato Paraguaio – US$ 128 mil
Disparidade expõe desigualdade no continente
As competições internacionais continuam dominando as cifras do futebol latino-americano. A Libertadores, além de ser o principal palco do continente, também se consolida como a mais lucrativa. Por outro lado, o protagonismo nacional do Brasil se reflete nas altas premiações da Copa do Brasil e do Brasileirão, que superam até mesmo a Sul-Americana.
Essa realidade evidencia o impacto financeiro dessas competições, permitindo aos clubes brasileiros manterem um alto nível competitivo e investirem em suas estruturas. Para clubes de países vizinhos, no entanto, os desafios são maiores, especialmente quando o prêmio do campeonato local não cobre sequer os custos operacionais de uma temporada.
Esse cenário ajuda a explicar por que nos últimos anos o futebol brasileiro tem sido dominante na Libertadores, com sete títulos em oito edições (já considerando a conquista de Atlético-MG ou Botafogo em 2024). Com tamanha discrepância nas receitas, é natural que os times tupiniquins se reforcem mais, aparecendo sempre como favoritos, seja dentro das quatro linhas ou no mercado de apostas esportivas, em qualquer competição que disputarem.
A disparidade entre os valores é um reflexo direto das condições econômicas e do mercado futebolístico de cada país. Enquanto no Brasil o futebol é altamente comercializado, com transmissões globais e parcerias milionárias, em países como o Paraguai, o esporte ainda enfrenta dificuldades estruturais que impactam diretamente os prêmios oferecidos. Na Argentina, a atual crise também pode ser vista através desse recorte esportivo.
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