Um dos maiores ídolos da história do Corinthians e campeão de quase tudo pelo alvinegro paulista, o goleiro Cássio pode “zerar o game” e obter uma marca inédita no futebol sul-americano. Caso o Cruzeiro conquiste a Copa Sul-Americana diante do Racing, o arqueiro de 37 anos levantará a única taça que lhe falta por clubes e ainda se tornará o primeiro atleta do continente a vencer todas as competições internacionais possíveis nos dias de hoje.
Atualmente, qualquer equipe de um país filiado à Conmebol tem no máximo quatro torneios para disputar: Libertadores, Sul-Americana, Recopa e o Mundial de Clubes. Dessa lista, Cássio só não ganhou ainda a Sula, tendo faturado os outros três pelo Timão entre 2012 e 2013, como um dos grandes protagonistas em campo.
O feito de ser campeão dos quatro torneios internacionais é tão raro que até hoje nenhum jogador conseguiu fazê-lo, com muitos personagens tendo terminado a carreira com três desses troféus. Vale destacar ainda que nomes como Neymar, Marcelo e Rafinha, que também não ganharam a Sul-Americana, faturaram o Mundial por clubes europeus, o que não invalida suas conquistas.
Portanto, o sábado poderá ser muito especial para Cássio, que além de tentar ajudar o Cruzeiro a conquistar um título internacional depois de 26 anos pode também entrar para a história do futebol sul-americano e mundial ao se tornar o único a vencer todos os torneios internacionais do atual calendário da região.
Para chegar lá, o goleirão de 1,96 e seus companheiros deverão derrotar um adversário duríssimo e cotado como favorito ao título nas casas de apostas esportivas, embora as odds para as duas equipes estejam bem próximas. A expectativa é de um confronto equilibrado, aberto e emocionante até a última bola.
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Os três títulos internacionais de Cássio
A uma vitória de completar uma quadra inédita no futebol sul-americano, Cássio conquistou todos os outros três torneios internacionais pelo Corinthians no período de um ano, entre julho de 2012 e julho de 2013. Até então, o clube do Parque São Jorge jamais havia conquistado um título internacional, mas com uma geração histórica alcançou suas maiores glórias em um curto espaço de tempo.
Copa Libertadores de 2012
Revelado pelo Grêmio e com passagens pelo PSV Eindhoven e Sparta Rotterdam, ambos da Holanda, Cássio chegou ao Corinthians em 2012 como um desconhecido para ser o terceiro goleiro do elenco. Na época, ele era visto como um nome para compor elenco e revezar na função de reserva com Danilo Fernandes, então substituto do titular Júlio César.
A história do arqueiro e do Timão mudou de uma vez por todas depois que o então principal goleiro da equipe cometeu diversas falhas, culminando na eliminação para a Ponte Preta nas quartas de final do Paulista. Até então com apenas um jogo com a camisa alvinegra, Cássio assumiria a meta corintiana na abertura do mata-mata da Libertadores e não deixaria mais a equipe titular.
Com atuações seguras contra o Emelec (EQU), ele ganhou a vaga entre os 11 iniciais e foi fundamental na conquista da Libertadores, chegando ao ápice com a monumental defesa no chute de Diego Souza, cara a cara, no duelo de volta das quartas contra o Vasco no Pacaembu. A partir dali o camisa 12 virou ídolo e foi premiado com a inédita conquista da principal competição do continente.
Mundial de Clubes de 2012
Como campeão da Libertadores, o Corinthians ganhou o direito de disputar o Mundial de Clubes em dezembro de 2012. Com duas vitórias apertadas por 1 a 0, sobre o Al-Ahly (EGI) e Chelsea (ING), o Timão se sagrou bicampeão do mundo, já que também havia vencido a edição inaugural do evento da Fifa no 2000, em torneio realizado no Brasil.
Cássio, mais uma vez, foi um dos heróis do título alvinegro. Se, na frente, Paolo Guerrero marcou os dois gols da equipe na competição, atrás o goleiro fechou a meta com defesas espetaculares, a maioria delas na final contra os ingleses. A exibição do camisa 12 em Yokohama é até hoje uma das mais lembradas pela Fiel.
Recopa Sul–Americana de 2013
O ótimo momento vivido pela equipe treinada por Tite ganhou mais um capítulo em julho de 2013, quando o Timão enfrentou o rival São Paulo na Recopa Sul-Americana, valendo mais uma conquista inédita para a história do clube de Parque São Jorge.
O título começou a ser construído ainda no jogo de ida, no Morumbi, com uma vitória por 2 a 1. Na volta, no Pacaembu, outro triunfo, desta vez por 2 a 0, selou o terceiro caneco internacional diferente de Cássio e do Corinthians em apenas 12 meses.
Agora, quase 11 anos e meio depois, o ídolo alvinegro tenta, logo em sua temporada de estreia por um novo clube, levantar a taça que lhe falta para entrar de vez na história do futebol na América do Sul, agora com a camisa 1 celeste.
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