Pelo segundo jogo consecutivo, a torcida brasileira não chegou nem perto de lotar o estádio para ver de perto a Seleção. Assim como já havia acontecido no duelo contra o Peru no Mané Garrincha, em Brasília (DF), a partida diante do Uruguai na última terça-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), registrou uma lotação abaixo de 85% da capacidade total das arquibancadas.
Mais do que o mau momento do time nacional e o futebol abaixo do esperado, o principal fator para o esvaziamento das arenas em jogos da equipe pentacampeã do mundo é o alto preço dos ingressos. Para se ter ideia, a entrada mais barata para assistir ao confronto com os uruguaios na capital baiana custava R$ 100 + a entrega de dois quilos de alimento não perecível.
Por outro lado, o ticket mais caro, destinado ao Lounge Premium, saía pela bagatela de R$ 800. Um dos setores mais vazios nesta partida foi a Cadeira Leste Intermediário, cujo valor era de R$ 600 a inteira e R$ 300 a meia.
Mesmo assim, mais de 41,5 mil pessoas estiveram presentes na Arena Fonte Nova, cuja capacidade máxima é de 48,9 mil espectadores. Com isso, pode-se dizer que a torcida brasileira encheu 84,9% do espaço do estádio. Essa foi a segunda pior proporção registrada na atual edição das Eliminatórias, ficando à frente apenas dos 82,6% registrados no jogo anterior, contra o Peru.
A melhor média nos seis jogos do Brasil como mandante na competição aconteceu em setembro deste ano, na vitória por 1 a 0 sobre o Equador no Couto Pereira, em Curitiba. Hoje com capacidade máxima para 37.182 pessoas, o estádio do Coxa recebeu 36.914 torcedores naquela ocasião, atingindo 99,3% de lotação.
Vale destacar que para este confronto os valores praticados pela CBF não foram muito diferentes, sendo que a entrada mais barata custava R$ 400 (sendo R$ 200 a meia) e a mais cara saindo por R$ 600 (R$ 300 a meia). O que pode ter pesado a favor desse resultado na bilheteria é o fato de que a Seleção não jogava na capital paranaense desde 2003, tendo ficado 21 anos longe do torcedor local.
Com lotação máxima ou não, o Brasil vem fazendo uma campanha decepcionante nas Eliminatórias, ocupando o quinto lugar, com 18 pontos conquistados. Essa é a pior pontuação do time nacional na história das Eliminatórias após 12 rodadas disputadas.
Mesmo assim, o time canarinho está entre os mais cotados para se classificar à Copa do Mundo de 2026, segundo as cotações de apostas esportivas. Hoje, as odds colocam o país pentacampeão mundial à frente até mesmo de Uruguai, Equador e Colômbia, seleções que estão acima do Brasil na competição.
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Todos os públicos do Brasil nas Eliminatórias para 2026
Brasil 5×1 Bolívia – Mangueirão
Público: 48.183 torcedores
Capacidade máxima do estádio: 53.645 espectadores
Proporção da lotação: 89,8% da capacidade total
Brasil 1×1 Venezuela – Arena Pantanal
Público: 40.020 torcedores
Capacidade máxima do estádio: 44.097 espectadores
Proporção da lotação: 90,7% da capacidade total
Brasil 0x1 Argentina – Maracanã
Público: 68.138 torcedores
Capacidade máxima do estádio: 78.838 espectadores
Proporção da lotação: 86,4% da capacidade total
Brasil 1×0 Equador – Couto Pereira
Público: 36.914 torcedores
Capacidade máxima do estádio: 37.182 espectadores
Proporção da lotação: 99,3% da capacidade total
Brasil 4×0 Peru – Mané Garrincha
Público: 60.139 torcedores
Capacidade máxima do estádio: 72.788 espectadores
Proporção da lotação: 82,6% da capacidade total
Brasil 1×1 Uruguai – Arena Fonte Nova
Público: 41.511 torcedores
Capacidade máxima do estádio: 48.902 espectadores
Proporção da lotação: 84,9% da capacidade total
Público total: 294.905 torcedores
Capacidade total dos estádios: 335.452 espectadores
Proporção total: 87,9% da capacidade total
Média de público por partida: 49.150 torcedores
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